sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal

Eu sempre gostei do Natal.
Gosto da cidade iluminada.
Do movimento nas ruas até tarde.
Bom, do trânsito nessa época eu nem gosto tanto assim não.
Gosto de ver o caminhão da Coca-Cola.
Embora esse ano o achei sem graça.
Acho que cresci né?
Gostei de saber que terei 4 dias de folga.
Melhor, serão 8 dias.
Gostei do coral na praça da Matriz.
Do carrinho de pipoca.
Do cheiro da pipoca.
Não gosto de panetone.
Gostei de ver a alegria da Rosa em receber os presentes dos filhos.
Dos cartões mandados pelos clientes.
De passsar a manhã na oficina não gostei não.
Muito menos da marca de blusa que o sol me deixou.
Gostei de descobri que estamos na época das mangas.
Eu gosto de manga. Me lembra a infância passada nas fazendas dos tios.
Lembrei de uma vez que um primo caiu de uma mangueira.
Tadinho. Ficou uns 5 minutos branco e sem conseguir falar.
Mas não restou sequela nenhuma não. Hoje ele tá bem, mora em Salvador.
É, acho que tá melhor que eu, rs.
Não gosto do Natal sem a minha avó.
Mas sei que ela tá sempre por perto.
Bom, foi um ótimo Natal.
Foi não, ainda é Natal!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Diferenças

Que existem inúmeras diferenças entre homens e mulheres, disso ninguém duvida.
Ontem assisti uma reportagem na televisão que falava sobre como as mulheres demoram muito mais para fazer suas compras que os homens.
Como sempre a ciência que explica tudo, essa diferença vem lá de trás, quando as mulheres eram as responsáveis por colher as melhores frutas para seus filhos enquanto os homens tinham que ser rápidos em suas caçadas.
Acredito que isso explica porque as mulheres são mais criteriosas em suas escolhas.
Mas enfim, a reportagem me fez entender a impaciência do meu pai no supermercado ao me falar:
"- Pra que escolher tanto menina? Sococo é tudo Sococo!"

sábado, 28 de novembro de 2009

Impressões

Algumas situações vividas recentemente:

- Nossa Gra, eu tava com medo de viajar com você.
- Por que?
- Porque você é a pessoa mais elegante que já conheci na vida.
- Ah?
- É. Ai fiquei com medo de não saber usar os talheres perto de você.



- Cadê aquela sua amiga Fernanda?
- Viajou pra casa da mãe.
- Gra, eu não entendo a amizade de vocês.
- Por que?
- Porque ela é tão doidinha....e você tão equilibrada.



- Boa tarde!
- Boa tarde querida! Você é quem vai tirar as medidas da minha sala?
- Isso.
- Sozinha?
- Sim.
- Você não quer se sentar pra desenhar?
- Não obrigada.
- Você tem certeza?
- Sim, obrigada.
- Mas será que sentada não é melhor pra desenhar?
- Eu já estou acostumada a ficar assim mesmo.
- Essa é a minha sala?
- É sim.
- Parece que tá meio diferente...você gosta de desenhar?
- Gosto Dona Elizabete. Eu só não sei né? Rs.
- Que isso menina....rs.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tanta história...tão pouco tempo...

domingo, 18 de outubro de 2009

Perdida no tempo

- Oi madrinha!!
- Oi Gra! Que surpresa boa!
- Vim te cumprimentar e trazer essa lembrancinha.
- Presente pra mim? Mas porque?
- Porque....noooosssaaa!! É daqui um mês seu aniversário né?
- Hahahahahahahaha...é sim Gra, é 18 de novembro e não 18 de outubro!
-Ai madrinha....hahahaha....
-Que linda a rasteirinha! Tava precisando muito! Obrigada querida!
- Que bom. Porque se eu não tivesse errado a data você ficaria mais um mês precisando!
- Hahahaha.....é né? E mês que vem você volta pra festa! Hahahaha...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Fico?

- Oi Gra! Vamos sair hoje?
- Ah não....hoje não.
- Porque não?
- Porque tô cansada e de mau humor.
- Isso é ótimo!
- É?
- É uai! Você consegue ficar umas três vezes mais engraçada quando tá mal humorada.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O que eu também não entendo

Essa é a música que escutei voltando pra casa agora à noite.
Gosto de Jota Quest.
Mas não, não estou numa fase romântica não.
Apenas coloquei reparo nesse pequeno trecho.
Coisas que não entendo.
Inclui pessoas nessa lista também.
E situações.
E pessoas + determinadas situações.
Talvez eu + determinadas situações + pessoas.
Melhor: eu + situações + determinadas pessoas.
Conclusões?
Necas de pitibiriba.
Nenhuma conclusão.
Não entendo.
Simples assim.
Mas tem uma coisa que realmente gostaria de entender.
Não. Duas coisas.
A primeira é porque a banda do batalhão, na abertura da campanha de vacinação, num posto da cidade, tocou uma música do Victor e Léo?
Tudo bem que o Zé Gotinha tinha ritmo, leveza no quadril, mas não sei se a música ornou muito com a ocasião.
E aqueles soldados com trompetes e bumbos, será que não pensaram que tudo aquilo poderia assustar as pobres crianças?
Muita criança tem medo de soldado.
E do Zé Gotinha também, claro.
Outro questionamento é porque as moças que trabalham em escritório de contabilidade usam sapatilha preta com meia soquete branca?
Quem disse pra elas que a combinação: calça cigarrete azul marinho + canela + meia soquete branca (levemente florida) + sapatilha preta é fashion?
Tem outra coisa que também não entendo, mas deixa pra lá.

domingo, 13 de setembro de 2009

Aniversário

Nunca fui muito fã de aniversários.
Do meu aniversário.
Não sei bem por que.
Acho que sou sem graça, não sei agradecer direito os cumprimentos. Talvez eu não saiba expressar bem meus sentimentos.
Mas não posso deixar de dizer como estou feliz com todas as demonstrações de carinho que recebi. As ligações, as mensagens, abraços, presentes, as surpresas, tudo muito importante pra mim.
Percebi o quanto sou abençoada e feliz por ter todas essas pessoas na minha vida.
O quanto elas me ensinam, me ajudam, me tuleram, rs. O quanto elas me fazem querer ser cada vez melhor.
E esse ano não fiz balanço do que passou.
Foi ótimo e ponto.
O que interessa agora é o que vem pela frente.
Algumas coisas já estão mudando.
Não tanto as situações, mas sim a forma como lido com cada uma.
Mudei também a cor do cabelo. Cabelo esse que estou deixando crescer enrolado, e gostando muito disso.
Mudei a cor do batom.
A hora de acordar.
O caminho até o trabalho.
As músicas que escuto nesse trajeto.
O que não mudou muito foi o que mais me desejaram nesse níver: um amor (bem fogoso - segundo o Dudu).
A minha situação amorosa tem preocupado bastante gente. Principalmente tias e amigas da minha mãe.
Não sei quantas vezes escutei: “Calma Gra, um dia aparece. Deus está te reservando um moço muito bão. ELE não se esqueceu de você”.
Ufa. Super ufa que Deus não se esqueceu de mim né?
E calma? Não me lembro de estar nervosa com essa situação (desconsiderem os dias de TPM).
Pra falar a verdade, nunca estive tão tranquila com a minha condição de mulher solteira (pra total desespero da minha mãe).
E assim começo os meus 2.8, realizada, tranquila, confiante e feliz, cada vez mais cada vez, feliz!

domingo, 23 de agosto de 2009

Me pertence

- Gra, o que é isso aqui em cima da mesa?
- É a fonte que queimou do computador mãe.
- Mas ela serve pra mais alguma coisa?
- Não.
- Então por que você a trouxe de volta pra casa?
- Porque saiu de dentro do meu computador.
- Gra, a única coisa que sai de dentro da gente que não tem como não levar pra casa é filho.
- Hahaha...
- Quando você opera de apendicite você coloca o apêndice debaixo do braço e o leva de volta pra casa?
- Não.
- Quando você tira o útero, também o coloca debaixo do braço e volta pra casa?
- Também não mãe.
- Então pra que cargas d’água você trouxe essa bendita fonte?
- Uai mãe...
- Estou até vendo você entrando amanhã por aquela porta com as calotas velhas do carro...

domingo, 16 de agosto de 2009

Uniforme



Qualquer semelhança com o guarda-roupa da Mônica, principal personagem do Mauricio de Sousa, não é mera coincidência.

domingo, 2 de agosto de 2009

Previsões

Acreditar, acreditar...eu não acredito.
Confesso que sempre leio horóscopo. Nunca do que já passou, que não traz sorte ler horóscopo passado. Acho que nem é questão de sorte, e sim de perda de tempo, afinal, pra que ler sobre algo que já passou?
E gosto bem mais de me surpreender que já saber o que vai acontecer nos próximos capitulos.
Já na minha intuição, essa eu acredito.
Mas as previsões sempre fizeram parte da minha vida.
Minha mãe conta que logo que nasci (miúda e totalmente desprovida de beleza e formosura), recebi a visita de uma grande amiga dela, a qual ao lado do meu berço disse:
- “Ela terá um futuro brilhante!”
Dezoito anos depois, em Porto Seguro, já escutei de uma baiana:
- “Você será muito feliz e realizada. Trabalhará com computador, mas infelizmente irá perder uma pessoa muito importante na sua vida.”
Quem hoje em dia não trabalha com computador?
Quem nunca perdeu alguém especial?
Bom, enfim...
Já semana passada, depois de 10 dias sofrendo com dor de garganta, resolvi ir à médica e eis que...
- “Menina batuta você hein? Tem uma infecção querendo te pegar, mas seu organismo está resistindo. Consequência das suas estripulias. E essa dor toda é porque você vai ficar doente.
- Não senhora! Eu já estou doente!
- Não! Você ainda vai ficar.”



Ps: Não sei por que, mas me lembrei de uma música da Rita Lee: ..."minha saúde não é de ferro não, mas meus nervos são de aço...” rs.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O tal feedback

Está certo que estamos sempre querendo melhorar algo.
Emagrecer.
Mudar corte de cabelo.
Fazer tatuagem.
Coisas do tipo.
Mas no contexto geral, não a tanto assim do que reclamar.
Bom, até alguns dias atrás.
Se eu achava que estava bem, puro engano meu.


1ª situação:
Grupo de senhores na fila do caixa do supermercado.

- Como eu tava te falando cara. Repara nessa ai da frente de blusa verde. Pelo corpo você dá uns 18 ou 20 anos, mas é só reparar na cara que logo percebe que já tá beirando os 30.


2ª situação:
Conversa (interrogatório) com uma funcionária da loja.

- Gra, você tem filhos pequenos?
- Não.
- Grandes?
- Não. Nem médios.
- Você não é casada?
- Não.
- Você mora com quem então?
- Com a minha mãe.
- Sua mãe ainda é lúcida?
- Oi?
- Lúcida.
- É sim Rosa. Ela trabalha.
- “Benza Deus!”
- Ei Rosa! Quantos anos acha que tenho?
- Uai, não sei. Quantos?
- 27!
- Só? Achei que fosse mais.
- Percebi mesmo.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Trânsito

Está cada dia mais difícil dirigir na minha cidade.
Não. Acredito que em todas.
Mas a minha por ser pequena (+- uns 107 mil habitantes) deveria ser mais tranqüila.
Mas não. Não é. Tem horário e trechos que é melhor evitar.
Tem ciclistas que surgem do nada na frente do nosso carro. Fora os barbeiros, os abusados, os motoqueiros, as madames com o celular na mão...
E o desrespeito com as vagas de garagem então? Um absurdo!
Bom seria se todos respeitassem a sinalização. A começar por essa.





Se bem que....pra respeitá-la, seria importante entendê-la primeiro.















quinta-feira, 2 de julho de 2009

Passado x Presente x Futuro

Dormi pensando no presente.
Sonhei com o futuro.
Sonho engraçado. Mas eu gostei.
Gostei da situação em que me encontrava.
Das presenças. Dos sorrisos. Dos detalhes.
Já logo cedo no trabalho, visita a uma obra que estive há um tempo.
Sabe aquela sensação de que já vivi isso antes?
Se eu falar que a trilha sonora (by radinho do pedreiro) dessa visita era Thriller do Michael Jackson vocês acreditam?

domingo, 21 de junho de 2009

Listas

Conversando com uma grande amiga sobre o aniversário dela, chegamos a uma constatação: cada ano que passa, a lista de convidados fica bem mais restrita.
Está certo que hoje em dia, muitos dos nossos contatos são profissionais. Mas e cadê todas aquelas pessoas que anos atrás enchiam nossas listas?
Será que ficamos seletivas?
Será que deixamos algumas relações se perderem no tempo?
E isso aconteceu por nossa culpa ou simplesmente era pra ser assim?
Bom, manhã de domingo, frio e escutando música italiana... melhor não ficar filosofando.
Mantemos o foco: listas.
Eu sempre fiz lista pra tudo.
Lista de afazeres da semana. Coisas básicas como: ligar na operadora pra desbloquear cartão, ir à costureira levar calça pra apertar, pegar planilha com pai, responder e-mail pendente, passar no jornal pra pegar a capa dos fascículos (adoro fascículos! Acho que já contei isso), ler manual do celular...e por ai vai.
Quando tenho muitos lugares pra ir, faço uma pequena lista, organizo o roteiro no qual eu não preciso ficar dando voltas, assim otimizo meu tempo e economizo gasolina.
Tem também a lista de compras. Do tipo: cama, calota pro carro, botas...esses itens não são divididos em categorias, e sim em prioridades.
Quando viajo, tem a lista do que preciso colocar na mala e se preciso comprar alguma coisa, dá-lhe mais uma lista!
Tem a lista das músicas que quero, dos livros que pretendo ler, dos filmes que quero assistir.
A lista do que tenho que organizar no computador: fotos, músicas, textos...
Acredito ser desnecessário dizer que não vivo sem minha agenda né?
Sistemática? Não, acho que sou apenas organizada.
Sei que meu caso seria (mais) grave se tivesse uma lista enumerando essas listas em grau de prioridade e importância, rs.

domingo, 14 de junho de 2009

O desenho

- Tia, desenha um carro pra mim?
- Desenho sim.
............
- Aqui o desenho que me pediu!
- Aaaaaaaa não!
- Que foi? Não gostou?
- Não.
- Mas por quê?
- Porque pedi pra você desenhar um carro. E isso é um fusca!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Voo 447

Não foi o primeiro.
Infelizmente também não será o último.
É que a cada nova tragédia, a última fica meio esquecida.
De repente as coisas simplesmente acabam.
Sonhos.
Tudo.
Diante disso, me vem uma sensação de urgência.
Urgência em realizar meus sonhos.
Em ter algumas definições.
Certas certezas.
Mas como fazer isso se preciso dar um passo de cada vez?

sábado, 30 de maio de 2009

Jazz

Foi planejado.
Chegar em casa, comer, tomar um banho quente e deitar.
Não pra dormir. Cedo ainda.
Só pra descansar mesmo.
Ficar em silêncio.
Barulho só o dos carros na rua e de televisão ligada em alguma casa próxima.
Pessoas rindo, parece ser um jantar. Tem crianças também.
É que deixei a janela aberta.
Acabei me cobrindo. As noites estão frias.
Muito bom ficar assim.
Não falar nada, só escutar.
Não sei por que me veio algumas lembranças da época das aulas de jazz.
Das apresentações em um clube da cidade. As do colégio.
As coreografias.
Os figurinos.
A adrenalina fazendo a contagem regressiva quando a música começava a tocar e as luzes se acendiam.
Senti saudades de mim.

domingo, 24 de maio de 2009

Classificados

Hora do café no trabalho.
Assunto do dia: classificados do jornal.

“Homem de meia idade, honesto, trabalhador, procura mulher para relacionamento sério.....”

Pontos discutidos:
- O cara ditou o texto para recepcionista do jornal?
- O cara só entregou o papel para moça com os dizeres, pagou pelo anúncio e foi embora sentindo lhe tirar um peso das costas?
- Ele pode ter pedido para alguém levar o papel até o jornal. Tipo um amigo, vizinho, moto-taxista.
- Será que ele ficará ansioso esperando as primeiras respostas de candidatas a pretendentes? E se ninguém o responder? Coitado. Mas não. Se tem a procura por esse meio, tem público para isso.
- A Rosa (mulher da limpeza) viu esse anúncio? Ela disse que está querendo se apaixonar. Que o outono é uma boa época para isso.
Interessante a maneira como cada um acredita que vai encontrar a sua cara metade.
Sendo que hoje já existem agências e também sites de relacionamento; passeatas em que solteiros carregam cartazes: “Quero namorar!”; amigos que insistem em te apresentar um amigo do irmão (“Fulano está doido pra namorar! Porque você não o namora?”); além do simples acaso.
Como funciona isso? A pessoa vê tal característica descrita e pensa “hum...será hein?”

domingo, 17 de maio de 2009

A ordem dos fatores

Sempre altera o resultado?
Quando comprei meu primeiro cd, eu ainda não tinha o som para tocá-lo.
Trilha nacional (original) da novela “A próxima vítima”.
Só o escutei uns 2 meses depois, quando meu pai me deu o som de presente de Natal.
Porque não escutei em sons alheios?
Não sei. Talvez perdesse o encanto.
Da mesma forma foi com o tercinho do meu carro.
Comprado e benzido em meados de maio, em Uberaba, no Santuário da Medalha Milagrosa. O carro só chegou em outubro daquele ano.
Já o período entre comprar o porta cartão e só depois mandar fazer o cartão de visitas foi menor. Uns 15 dias no máximo.
Talvez isso aconteça baseado no poder do pensamento positivo. Onde a pessoa quando quer muito uma coisa, já visualiza o objeto de desejo fazendo parte da sua vida. Ou também seja apenas culpa da minha irritante mania de passar “o carro na frente dos bois”.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Fases e falta

Já tive a fase do desejo de comer bananadinha.
Não que desgostei.
Bananadinha faz parte da minha essência.
Mas hoje outro doce tem marcado presença constante nos meus momentos de vontade súbita.
O suspiro.
Será que o fato de eu ter mudado um pouco de uns tempos pra cá influenciou essa troca?
E o desejo do suspiro se torna mais forte sempre que saio do consultório odontológico.
É da cadeira do dentista direto pro mercado.
Deve ser alguma reação da anestesia.
Confesso ser meio difícil comer suspiro com a boca anestesiada, no maior cuidado pra não morder o lábio.
Mas ainda no carro, ao som de Jack Johnson, abrir um saco de suspiro....não tem preço!
Infelizmente na última visita ao dentista, esse ritual não pode ter sido realizado.
É que nem dirigindo consegui voltar.
Tirei um dente ciso.
Bom, só faltam três.
Prefiro pensar que são dois fáceis e outro igual a esse dessa semana.
Não, melhor não pensar.
Agora cá estou num mau humor danado por causa da fome.
Sorvete não mata fome. Nem o de cereja. Cereja fruta.
Sentindo falta de pão. Nossa!! Pão.....
Sonhando com uma empada....esfirra....arroz....pipoca....Doritos.....Doritos? Eu nunca liguei tanto pra Doritos! Mas esses dias a boca até enche d’água só de pensar naquele petisco crocante, salgado, desmanchando na minha boca...
Sentindo falta de morder, de mastigar...
Acho que estou meio perigosa, melhor ficar mais quieta em casa até o dia de voltar ao consultório.
E sairei da cadeira direto pro mercado.
Nem tirei o cd do Jack Johnson do carro.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Descobertas

Um dia ela descobriu que jujuba não é jujuba. É goma.
Não goma de cabelo, porque goma de cabelo é elástico.
Diferente do elástico de roupa. O de roupa é do tipo de elástico pra pular.
Pular elástico é esporte como futebol. O que a fez descobrir também que amiga de infância sempre entrega seus pontos fracos.
Descobriu que não adianta disfarçar um tropeço, sempre tem alguém olhando.
Que quando oferecem protetor solar, melhor não recusar.
Descobriu que sua vida seria mais fácil se sua sandália fosse composta por velcros.
E que consome muita água. E que nunca tira as garrafinhas do carro.
Descobriu que o motivo pra unhas quebradiças quando não é o consumo de drogas, é pura falta de vitamina A.
Descobriu que na caixa de Celestamine, quando é amostra grátis, vem só 5 comprimidos.
Descobriu ele.
Ela se descobriu.
Descobriu a fórmula ele + ela.
Descobriu que sempre é surpreendida. E que gosta disso.
Descobriu o quanto é bom estar perto. Junto.
E que gosta dele.
Não, isso ela já sabia. Só teve a confirmação.

sábado, 11 de abril de 2009

Abril

São dias diferentes.
Dias mais bonitos.
Dias realizadores.
Dias que gosto.
Dias que espero.

domingo, 5 de abril de 2009

O chuveiro

Acredito que existem coisas que não é pra ser.
E nem adianta insistir.
Um exemplo é o chuveiro novo do meu banheiro.
A data da compra é 05/02/2009.
A de instalação: 01/04/2009. (Já dá pra ficar com o pé atrás com essa data).
Porque esse tempo todo?
O primeiro eletricista que teve aqui, testando os fios do chuveiro queimou o reator da lâmpada do corredor e uma pecinha do aparelho do receptor da televisão.
Muito bom de serviço esse rapaz!
Não deixei nem consertar o que estragou! Mão podre!
Depois dos reparos feitos por primo, hora de chamar outro eletricista.
Três tentativas, três bolos.
Chama outro.
Ele veio!
Chuveiro instalado!
Ufa!
Super ufa!
Chego cansada da viagem, ansiosa por um bom banho....uai....essa água não tem pressão não? Parece que nem ligado esse chuveiro está. E não estava mesmo.
Chama o eletricista de novo.
Desmonta chuveiro. Limpa cano. Tudo ok.
Hora do teste.
Tudo de bom!!! Assim, os 5 minutos que ele ficou ligado.
Já até decorei o telefone do eletricista.
Muda temperatura. Confere a chave. Liga. Ok.
Hora de acender uma velinha e fazer outro teste.
Deu certo. Nem acredito.
E porque eu mesma não instalei né?
Depois que vi uma reportagem com um dos caras que escreveu as normas técnicas pra instalação de televisão digital, isso nos Estados Unidos, e ele falando que quando foi instalar a dele teve que chamar um técnico, nem me atrevi a tentar instalar nada.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Porta-durex










Sempre gostei de livraria e papelaria!
A união das duas é melhor ainda!
Tipo Saraiva, Siciliano...essas que tem em shopping (certo, moro em cidade do interior, shopping mais próximo a 2 horas daqui).
Gosto do cheiro desses lugares, da iluminação, das cores.
Gosto de observar as prateleiras cheias de livros. Gosto de pegar (mineiro dá muita importância para o tato), folhear, ver capas, prefácios.
Esse fascínio vem desde criança.
Adorava o dia de ir a papelaria com meu pai comprar o material escolar.
O ato de encapar cadernos e livros exigia dedicação e capricho. Era todo um processo passar papel-contact, não podia ter um intervalo maior de 2 segundos entre tirar o papel da sua proteção e passar a régua, senão dava bolhas de ar. E uma vez colado, sem chances descolá-lo.
Nunca levei caderno novo no primeiro dia de aula. É que como escrevia pouco durante as férias, a letra ficava feia. Era dia de testar as cores das canetas. Escrever títulos de azul. Sublinhá-los de preto. Não. De vermelho. Escrever e apagar, até a letra ficar bonita.
Corretivo? Usá-lo só em último caso. Não deixa um resultado legal no papel.
Mas existe um item que nunca entrou na minha lista. O porta-durex.
Todo ano era a mesma peleja, mas meu pai nunca atendeu meu pedido.
Eu achava que ter uma iguaria desse porte sobre a mesa fazia de seus felizes proprietários pessoas melhores, mais inteligentes, mais bem vistas pela sociedade, mais respeitadas.
Certeza que grandes filósofos, cientistas, governadores, todos eles possuíam um porta-durex sobre suas mesas.
De tanto insistir, um ano meu pai prometeu me dar um de presente.
Lembro perfeitamente da cena, ele chegando com um embrulho nas mãos. Olhei aquilo e pensei: “uai, meio achatado esse porta-durex.”
Depois de rasgar o papel brilhante, me deparei com um estojo, daqueles de 2 andares, que tinha botãozinho pra tudo. Pra abrir compartimento de caneta, de borracha, de clips, de cola, de tesoura. Era quase um robô dos Power Rangers rosa e aromatizado. Pena que o santo desse aroma não bateu muito com o da minha rinite.
Mas e cadê o porta-durex nele? Meu pai todo empolgado apertou um botãozinho. Eis que surge um compartimento que tinha um durex embutido. Pra usá-lo, bastava tirá-lo e cortar o pedaço necessário com a tesoura que também vinha nesse kit. Mas a graça do porta-durex é não precisar de tesoura, devido a sua serrilha.
E acabou que ficou por isso mesmo. Cresci, os objetos de desejo mudaram e o porta-durex nunca esteve presente na minha mesa de trabalho. Mas também não acredito que a ausência do mesmo me faça uma pessoa pior que as outras não.

terça-feira, 17 de março de 2009

Tempo

Tempo de mudanças.
De incertezas. (É que nem tudo depende só da gente).
Tempo de decisões.
De planejamentos.
De viagens. (Já devia ter ido há mais tempo).
De desacelerar.
De descobrir uma maneira de fazer isso.
De muitas propostas.
De escolhas.
De me surpreender.
De ter paciência.
De gostar. Muito.
De assustar com isso.
De acreditar.
De falar menos.
De fazer mais.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Rotina

Segunda-feira:

07:00h – celular desperta.
Mais 5 minutinhos.
Mais 2 só.
Agora não dá mais.
Banheiro. (Nuh! Que cabelo é esse?)
Café da manhã.
Jornal.
Banho.
Uniforme.
Bolsa. Chave.
Fica “Dêzu”mãe!
Carro.
Primeiro semáforo do percurso, 3ª esquina de casa.
Bom dia fia. Tem R$ 0,10 pra me dar? Deus lhe pague.


Terça-feira:

07:00h – celular desperta.
Mais 5 minutinhos.
Mais 2 só.
Agora não dá mais.
Banheiro. (Nuh! Que cabelo é esse?)
Café da manhã.
Jornal.
Banho.
Uniforme.
Bolsa. Chave.
Fica “Dêzu”mãe!
Carro.
Primeiro semáforo do percurso, 3ª esquina de casa.
Bom dia fia. Tem R$ 0,10 pra me dar?
Hoje não senhor.
Se me der R$ 0,10 eu rezo pra você casar com moço bão.
Oi?
R$ 0,10.....R$ 0,10....R$ 0,10.....Droga! Não acho uma moeda nessa bolsa!
Buzina.
Passa por cima!
Amanhã eu traaaaago.


Quarta-feira:

07:00h – celular desperta.
Mais 5 minutinhos.
Mais 2 só.
Agora não dá mais.
Banheiro. (Nuh! Que cabelo é esse?)
Café da manhã.
Jornal.
Banho.
Uniforme.
Bolsa. Chave.
Fica “Dêzu”mãe!
Carro.
Primeiro semáforo do percurso, 3ª esquina de casa.
Bom dia fia. Tem R$ 0,10 pra me dar?
Nossa! R$ 2,00?
É.
Mas eu pedi só R$ 0,10...
Sim, se o senhor reza com R$ 0,10, com R$ 2,00 o senhor já aproveita e faz uma novena em minha intenção!

terça-feira, 3 de março de 2009

Definitivamente

Eu preciso aprender a nadar.
Eu preciso perder o medo de nadar.
Por causa desse medo todo, não pude concorrer à vaga de zelador da Ilha de Hamilton, na Austrália. Um ótimo salário, pouca coisa pra fazer, e melhor, poderia levar um acompanhante! Imagine passar seis meses muito bem acompanhada naquele paraíso? E ser zeladora pra mim é tranqüilo, pois já corri atrás de uma pequena bandidinha que roubou a loja. Consegui recuperar uma garrafa de vinho e um pano de bandeja! Fora o “Nem ouse voltar aqui! Ficou claro? Agora suma da minha frente!”
Mas para concorrer à vaga tinha que saber nadar....rodei então.
Devido à falta de intimidade com a natação, também não posso aceitar a proposta de passar uma semana num cruzeiro que sairá do Rio de Janeiro com destino a Argentina. Lá acontecerão consultorias de design. Além de não ter despesa nenhuma com a viagem, ganharia um bom salário.
Ei, lógico que não daria consultoria em plena aula de mergulho, mas só de pensar que estarei rodeada de água por todos os lados....gela a espinha.
Ah, sem contar que tem que ser fera em desenhos a mão livre. Então, mais um empecilho. Se bem que com treino tudo se aperfeiçoa, mas será que não dá pra fazer esse evento em um hotel em terra firme não hein?
Também já me disseram que pode ser constrangedor me acompanhar na praia....”Já vi que vai me passar vergonha....” Triste escutar isso.
Minha mãe acredita que esse medo todo ela me passou, aos seis meses de gravidez, em uma viagem que fez a Cataratas do Iguaçu. Conta ter sentido muito medo naquela passarela, que era água demais por todos os lados, demais mesmo.
Também não posso desconsiderar a sabedoria de uma tal máquina que lê o passado das pessoas. Tive contato com uma dessas em uma feira agropecuária na cidade de Uberaba.
É simples o procedimento. Compra uma ficha, no valor de R$ 5,00, deposita na máquina, ai abre uma telinha no computador para você digitar seu nome completo e data de nascimento. Pronto! Todo seu passado por R$ 5,00 e algumas informações básicas. No papel dizia que na minha última vida passada eu fui homem (que tudo não ter TPM!), um navegador norueguês, se não me engano, isso lá por volta de 1800 e tantos, e morri afogada, afogado, na condição de ser homem na época.
Realmente, não tinha como eu ser um destaque da natação mesmo.
Ainda mais acreditando eu, que aquelas tocas não valorizam o rosto de ninguém.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ocitocina


No livro “Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?”, de acordo com os autores Allan e Barbara Pease, na pele existem 2.800.000 receptores para a dor, 200.000 para a temperatura e 500.000 para o toque e a pressão, todos distribuídos de maneira irregular.
Que a pele das meninas é muito mais sensível ao toque que a dos meninos, e quando adultas essa sensibilidade se multiplica por dez.
O hormônio que provoca a vontade de ser tocada e dispara os receptores do toque é a ocitocina.
Interessante essa informação.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Talvez o erro dela...

Foi acreditar que as coisas poderiam sim dar certo.
Foi acreditar que tudo não passava de uma fase ruim.
É ser otimista demais. Idealista demais.
É falar demais. É engolir alguns sapos desnecessários.
Foi considerar o retorno positivo dos clientes suficiente para apagar o que não estava correto.
É ser sensível demais.
É achar que é forte demais.
Talvez não! Ela quer mais!
Foi demorar a perceber que é capaz. Talvez só assim ela conseguisse descobrir isso.

domingo, 25 de janeiro de 2009

De casa nova


O cheiro de tinta fresca ainda é forte.
A casa parece meio estranha, desconhecida...leva um certo tempo para se acostumar com os novos espaços.
Poucas caixas foram abertas.
Tempo de analisar onde ficará cada coisa.
Sensação boa de mudança!
Não dava para continuar na outra casa, muita coisa mudou.
O caminho para se chegar a "velha" casa ( http://balaoeancora.zip.net) será guardado com muito carinho!